No aspecto anatômico, podemos dizer também que a parte anterior está supinada, a parte posterior encontra-se em valgo e parte média do pé está sem o Arco

Longitudinal Medial

Epidemiologia

A epidemiologia dessa alteração é desconhecida. Sabemos que em torno de 20% dos adultos persistem com Pé Plano Flexível.

Aspectos Clínicos

O paciente deve ser avaliado de maneira geral. A frouxidão ligamentar deve ser avaliada (Rotés) pois é comum a criança ter as articulações hipermóveis, ou seja, com gau de mobilidade além do normal e sem prejudicar a sua função.

Podoscopia auxilia na avaliação da sustentação do Arco Longitudinal Medial. Os Podogramas (imagem da planta do pé marcada em um papel) também podem ser obtidos.

Radiografias

As Incidência Anteroposterior e Lateral podem fornecer dados para a investigação diagnóstica e se realizadas, devem ser feitas com carga (com a criança apoiando os pés no solo)

Evolução na Criança:

Em geral de 0 a 3 anos: pés planos podem estar presentes em um situação normal

Presença de Coxim gorduroso (panículo adiposo) que é comum nas crianças abaixo de 3 anos e leva a confusão diagnóstica e representa apenas um aspecto normal do pé (“pé gordinho”).

Diagnósticos Diferenciais:

- traumáticos como lesão do tendão tibial posterior

-Formação de Barras ósseas, fibrosas e cartilagíneas

-Outras formas de pé plano congênito como

pé talo vertical. E ainda podem ser resultantes de hipercorreção p/ Pé Torto Congênito.

Tratamento

-Acompanhamento ortopédico periódico. O uso de palmilhas e calçados adaptados hoje em dia apresenta aspectos controversos onde há casos com indicação e outros não. As cirurgias são restritas, em geral feitas na adolescência e nos casos extremos.

Complicações:

Apresenta boa evolução mesmo nos casos onde não há nenhum tratamento estipulado. Quando há repercussão clínica, pode ocorrer dores aos esforços, calosidades e artrose precoce.